domingo, 29 de junho de 2008

GRACIAS A LA VIDA


Houve dias em que senti que a vida me tinha tirado tudo. Quanto me enganava! Foi nessa altura que a vida tudo me ofereceu.
Houve dias em que nem forças tinha para pedir, para sonhar, para desejar, para querer... não foi preciso fazê-lo. A vida deu-me tudo o que precisava!
Einstein escreveu:
"Há duas formas para viver a vida
Uma é acreditar que não existem milagres.
A outra é acreditar que todas as
Coisas são um milagre"
A vida deu-me a maior das prendas: acreditar no AMOR e conseguir ver em tudo uma dádiva.
Hoje, sei que não preciso pedir nada...

QUANDO ESTIVE NUM BURACO NEGRO


"O cansaço define-se como uma sensação de esgotamento posterior a um esforço de certa envergadura. E há várias causas que o motivam: trabalhar, estudar, ordenar papéis pessoais, o marido, a mulher, a política, etc. Sendo assim, quando alguém diz que está cansado da vida, é distinto, porque tudo se apresenta vago, abstracto, amplo, difuso, inadequado, sem uma referência clara e precisa."

"... interessa-nos descobrir qual é a vivência do sujeito cansado da vida, já que a sensação interior é muito profunda. No seu íntimo habita uma mescla de sentimentos desagradáveis: a indolência, a apatia, o abandono, a impressão de fazer tudo sempre com excesso de esforço; a personalidade tinge-se de um gosto indolente, no qual se alinham o tédio, o desalento, o pessimismo, o desânimo, a melancolia e o sentimento de impotência no respeitante à vida. Emerge lentamente uma espécie de abatimento decepcioante combinado com a impressão de estar ferido ou quebrado por dentro."

" O grande tema que se coloca no fundo desta vivência não é outro que a ameaça do projecto pessoal, que foi caindo a pique e corre o risco de naufragar."

" ... pode dever-se a muitos e distintos motivos: excesso de actividades, sem tempo para quase nada; luta permanente contra a corrente, sem sequer pequenas gratificações; perda do sentido dos objectivos próprios por causa de um ritmo de vida vertiginoso; o não saber dizer «não» a pedidos e a exigêngias que são impossíveis de levar a cabo; numa palavra: ter um tipo de vida com uma tensão excessiva e constante, que requer um esforço superior às próprias forças e que ronda o esgotamento, num equilíbrio instável quase acrobático."

in " O HOMEM LIGHT" de Enrique Rojas


sexta-feira, 27 de junho de 2008

FEITO DE PLÁSTICO


" O desvanecimento das habilidades da sociabilidade é reforçado e acelerado pela tendência, inspirada no estilo de vida consumista dominante, a tratar os outros seres humanos como objectos de consumo e a julgá-los, segundo o padrão desses objectos, pelo volume de prazer que provavelmente oferecem e pelo seu «valor monetário». Na melhor das hipóteses, os outros são avaliados como companheiros na actividade essencialmente solitária do consumo, cujas presenças e participação activa podem intensificar estes prazeres. Neste processo, os valores intrínsecos dos outros como seres humanos singulares ( e assim também a preocupação com eles por si mesmos e por esta singularidade) estão quase a desaparecer de vista. A solidariedade humana é a primeira baixa causada pelo triunfo do mercado consumidor."
in "AMOR LÍQUIDO" de Zygmunt Bauman

Tudo, objectos, animais, pessoas, relações, passa à condição de descartável e é passível de substituição.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Amizade...Amor



Obrigada Tanokas pelas dicas.

Amizade ... Amor

Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

William Shakespeare

domingo, 22 de junho de 2008

O TEU MUNDO DE CRIANÇA


Domingo é dia de almoço de família.

A conversa, umas anedotas, gargalhadas e a comida gostosa da minha mãe são os pratos servidos.

Hoje a conversa, não sei por que razão foi parar à Filosofia: filósofos clássicos, filósofos modernos, a filosofia e a Matemática.

O M, sempre atento, perguntou de imediato o que era a Filosofia. Os adultos responderam "A ciência que estuda os porquês", " Amiga do saber" e por aí fora. Quando o M, já se encontrava satisfeito com as respostas voltaram à sua conversa de adultos: filósofos existencialistas e suas contradições. Citaram Sartre, como exemplo: " O Homem está condenado a ser livre."

- Se eu vir a vida de um modo negativo, a liberdade pode ser uma condenação - disse prontamente o M, antes que os crescidos começassem a discutir a frase.

Fez-se silêncio... os adultos estavam estupefactos e incrédulos com as palavras saídas da boca de um menino de 8 anos.

sábado, 21 de junho de 2008

O MEU CORAÇÃO BATE PORQUE...

Tenho uma certeza... as minhas duas caras lindas

Sei que o Sol todos os dias nasce... especialmente para mim ( e para cada um de nós)

Tenho o meu mar onde posso ir sempre lavar a minha alma:


Posso contar com um abraço especial

Não preciso esperar para receber verdadeiros tesouros de amizade


Existem trilhos para explorar


Espero que o amor eterno exista

DOR

Na semana passada, ao jantar o M disse-me:
- Mãe, os meus amigos, na escola, disseram-me que quando não se vai à catequese, não se faz a primeira comunhão nem o crisma, não se pode casar. É verdade?
- Não, M. Não se pode casar pela Igreja, mas pode-se casar ao civil como o tio X fez. Gostavas de ir para a caqueses?
- Não. E tu e o pai, como foi?
- Casamo-nos pela Igreja. Na altura éramos católicos. Olha a Y, amiga da mãe, só de baptizou aos 18 anos. Quando quiseres, se quiseres, podes fazer a comunhão, crismar-te e tudo o mais.
- Então tu e o pai podem casar-se.
- Sim.

Na última quarta-feira, novamente ao jantar.

- Amanhã o pai vem buscar-me, para me levar à escola?
- A mãe esta semana pode levar-te, mas tu quiseste que o pai viesse, não foi?
- Então amanhã vai ser como antes de tu te teres separado do pai?
- Não foi a mãe que se separou do pai. A mãe e o pai deixaram de gostar o suficiente um do outro para continuarem casados (frase combinada pelos adultos e repetida vezes sem conta), separamo-nos um do outro.
- A mãe e o pai podem voltar a casar-se?
- O que queres dizer com isso?
- Podem voltar a casar-se novamente, um com o outro.
- Não é provável, porque como os pais já explicaram, já não gostamos um do outro do modo que as pessoas casadas gostam.
- Mas podem voltar a casar-se?

E foi aqui que me faltou a coragem. Como poderia explicar-lhe que é impossível os pais dele voltarem a viver juntos? Não consegui acabar com esta sua ilusão. O meu "não é provável" poderia ter sido substituído por um redundante "não". A lei permite que nos voltemos a casar, é possível legalmente... a impossibilidade reside nos nossos corações.
É esta a dor que me magoa bem lá no fundo: a de não ter podido, nem poder, dar aos meus filhos a família que gostaria que tivessem, aquela família que todas as crianças desejam, com o pai e a mãe juntos.
Não é uma questão de culpa, não se trata de não saber que é melhor para as crianças que os pais estejam felizes e separados, do que juntos e infelizes. Sei que hoje, felizmente, já não vão ser olhados de lado por os pais estarem divorciados, sei que o importante é sentirem-se amados por ambos os pais, sei que o tempo atenua a dor. Sei muitas outras coisas que li, que aprendi com a experiência de outras pessoas, com especialistas e por aí fora. O problema está racionalizado!


Dói-me a impotência perante o sofrimento dos meus filhos...

sexta-feira, 20 de junho de 2008

BEM ME QUER

Existem coisas, que por mais que tentemos, não conseguimos esconder.

Há alguns meses, o M, de 8 anos, veio perguntar-me alguma coisa enquanto eu preparava o jantar. Quando me viu perguntou:

- Porque estás a chorar?

- Porque as pessoas crescidas também ficam tristes e às vezes apetece-lhes chorar. - respondi.

Quando M vai para um lado é imediatamente seguido pelo F, de 4 anos, que chegara naquele momento à cozinha:

- Mãezinha, tens dói-dóis nos olhinhos?

- Tenho amor.

- Deixa-me dar-te um beijinho nos olhinhos.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Perguntas difíceis

Aqui há uns aninhos, o meu filho mais velho, sem mais nem menos ( porque ele é mesmo assim, quando há uma coisa que não compreende pensa primeiro e depois, sem preâmbulos, dispara a sua questão) perguntou-me: " O que acontece quando nós morremos?"
- Não sei.- respondi-lhe eu, não gosto de mentiras, principalmente ditas às crianças - Há quem acredite que as pessoas boas vão para o céu, que é um "lugar" muito bonito, há quem acredite que voltam à Terra e vivem outras vidas, há quem acredite...
- E tu em que acreditas, mãe?
- Que morremos e pronto ... não há mais nada.
- Ah! Assim como quando os filmes acabam.
- Sim.

A conversa terminou e até hoje a resposta que lhe dei me atormenta. Fui verdadeira, procurei responder à sua pergunta o melhor possível, mas continuo a perguntar-me se fiz bem. Será que tinha o direito de lhe roubar ilusões? E depois, quando alguém querido morrer, falo das estrelas?

Talvez, por isso, ontem não fui capaz de lhe dizer a verdade nua e crua, mas esta é outra história.

terça-feira, 17 de junho de 2008

NÓS


Juntos
Ganhamos asas
Voamos
No azul celeste
Naquele céu só nosso
Cheira a sonho
E as nossas asas tocam-se
Num instante
Eterno em nossos corações

sexta-feira, 13 de junho de 2008


Quero agradecer a todos os que por aqui passaram e comemoraram o meu aniversário comigo.

Há alguns anos que não passava o meu dia de anos tão bem. Foi um dia em que estive rodeada por pessoas que me amam e que fizeram tudo, tudo mesmo, para que ontem fosse um dia especial. Conseguiram-no! Senti-me acarinhada, querida...amada! Que melhor prenda podia pedir?
Tenho dois tesouros ( os meus pequeninos), uma família especial e amigos do coração ... e tenho o meu anjo!
Se é verdade que se este último ano foi complicado, não é menos verdade que com as dificuldades aprendi muito e acima de tudo pude sempre contar com o apoio, a amizade, o amor de muitas pessoas. Reencontrei amigos algo distantes, fiz novas e boas amizades.
Já escrevi muitas vezes que sinto que renasci que sinto que tenho uma vida nova pela frente. Entrei numa nova fase, vou vivê-la do melhor modo, com as ferramentas que adquri e com a certeza que tenho ao meu lado quem verdadeiramente gosta de mim. Sei que, como acontece aos bebés, para aprender a andar nesta nova vida vou tropeçar e vou cair, mas tenho a certeza que me vou levantar.
E como Fernando Pessoa escreveu:
Segue o teu destino
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
Ricardo Reis

quarta-feira, 11 de junho de 2008

O DIA EM QUE NASCI

Um dia fui assim...
A foto é do dia do meu baptizado, ainda não tinha um mês. É a foto mais antiga que possuo.

QUANDO EU NASCI

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais…
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.


Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.


As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém…
P’ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe…
José Régio.



Quero agradecer a todos, que de diferentes modos, me acompanharam neste ano, o mais difícil que vivi até agora. Graças ao seu apoio, carinho, amizade... amor, hoje é um dia feliz.


E agora vamos lá a comemorar este dia.

Há bolo,

há música


http://www.youtube.com/watch?v=DMiBSt_ODN0 (tenho pena, mas não sei colocar aqui o vídeo)


e há champanhe

Obrigada pela vossa visita.

(DES)EQUILIBRIO


Ando nesta corda de circo bem esticada.

Dou dois, três passos e penso que já sei equilibrar-me nela... depois caio.

Subo até à corda e tento: volto a percorrer alguns centímetros. Caio novamente.

Volto a subir e a começar do início. O (triste) espectáculo repete-se...

Se calhar não fui feita para equilibrista, mas a vida colocou-me lá em cima, naquela corda e não tenho alternativa. Tenho de começar e recomeçar tantas vezes quantas as necessárias até que me consiga equilibrar e percorrer o caminho que vai de uma ponta da corda até à outra.

terça-feira, 10 de junho de 2008

MULHER SEM RAZÃO

Saia dessa vida de migalhas
Desses homens que te tratam
Como um vento que passou

Caia na realidade, fada
Olha bem na minha cara
E confessa que gostou
Do meu papo bom
Do meu jeito são
Do meu sarro, do meu som
Dos meus toques pra você mudar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
Ao cair da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio
Pára de fingir que não repara
Nas verdades que eu te falo
Dê um pouco de atenção
Parta, pegue num avião, reparta
Sonhar só não dá em nada
É uma festa na prisão
Nosso tempo é bom
E nós temos de montão
Deixa eu te levar então
Pra onde eu sei que a gente vai brilhar
(...)

(Letra extraída do álbum MARÉ de Adriana Calcanhotto, que tive o prazer de ver e ouvir aqui no meio do Atlântico)

AS REVIRAVOLTAS DO PENSAMENTO


Desconheço 0 que o futuro me reserva. Ainda bem!
Se conhecesse que interesse teria viver? Seria como estar a representar um guião, sem poder fugir ao que está escrito, sem precalços nem surpresas.
Tenho uma única certeza: estou viva e, por isso, morrerei um dia. É uma evidência e é redundante escrevê-la, mas escrevo-a, porque... porque sim. Nem tudo tem uma razão de ser. Ou terá?
Vivo e aceito, não tenho outra hipótese, que neste tempo, neste espaço tudo tem um fim. Existirão outros tempos, outros espaços? Não sei. Deixei de procurar o eterno ( ou será que apenas afastei esta procura do meu pensamento?) ... senti que era uma busca inglória e que me estava a impedir de apreciar a vida que me vai surgindo.
Este tempo e este espaço são os meus. Não duvido da sua existência. Não vou deixá-los fugir estarrecida pela sua perenidade ou encarcerada em labirintos de perguntas.
Deixaria de viver se mantivesse as pessoas afastadas com receio que um dia me magoassem; se fechasse a porta dos sentidos para evitar que enganassem a minha lógica; se não sonhasse só por saber que os meus sonhos poderão não se transformar em realidade; se fugisse ao desejo para evitar que o seu fogo me queime; se esquecesse o amor com medo da dor que sentirei quando terminar.

Tenho uma taça de ouro à minha frente. Quero beber o seu líquido, saboreando-o lentamente, até não sobrar uma única gota. Terá vinho feito das melhores castas? Ou no fim aperceber-me-ei do travo amargo do veneno? Que importam estas perguntas, depois de já me ter deliciado com o líquido de tão bela taça?

Quero nadar no mar que diariamente me rodeia, umas vezes calmo outras tempestuoso, sem receio de naufragar!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

ROSAS ... DE VIDA

Rosa
Receberei um ramo de rosas
Belas e simples como eu gosto
Desconheço a cor que as tinge
Desconheço o perfume que deixam
Em cada galho uma flor
Em cada galho muitos espinhos

Tomarei o ramo em meus braços
Sua cor alegrará os dias
Seu perfume inebriará meus sentidos
Com força abraçá-lo-ei
Manchará meu vestido
De pequenas manchas rosa...
De vida

quinta-feira, 5 de junho de 2008

DESPERTAR

Amanhece

Os raios de Sol entram

Pela janela do meu quarto

Sensação doce

A vida sorri-me

Devolvo-lhe mil sorrisos

Nos meus olhos

Uma certeza

Uma nova vida
Abre-se à minha frente
Renasci ...

DESPEDIDA TARDIA



Príncipe

De tempos já idos

Desapareceste na bruma

Da tua ilusão

Numa noite

Sem fim...

Em oceano de enganos

Preso em tuas redes

Tecidas orgulhosamente

Com fios feitos de ti

Afundaste-te

Esquecido

Para sempre...

domingo, 1 de junho de 2008

ENCONTRO MARCADO


Perco-me no labirinto do pensamento
Procuro razões para o inexplicável
Quero compreender as contradições
Caio nas armadilhas do raciocínio

Procuro-me no trilho (inexistente) que percorro
Ora colocando os pés em chão escorregadio
Ora pisando chão almofadado de folhas secas
Ando sem destino só pelo gosto de andar

Sigo debaixo do verde das àrvores altas
Sentindo a dança das sombras
É o Sol no céu azul a brincar comigo
Iluminando o caminho que me surge

Ouço a àgua a brotar da terra
Segue o seu curso, sempre o mesmo
Desce devagar e calmamente
No fim encontra o seu destino


Ali onde não há sinais de gente
Ouço a sinfonia dos pássaros e das rãs
Da aragem que faz as folhas beijarem-se
Do mermúrio da água da lagoa ao encontrar a margem

Sem pensamentos, nem palavras
Só eu e a beleza perfeita da natureza
Em paz absoluta
Encontro -me