domingo, 28 de março de 2010

PEDAÇOS DE CÉU (I)

É Primavera! Pelo menos é o que dizem o calendário e as azáleas do jardim da minha mãe. Estranhei as flores terem aparecido com as temperaturas baixas que se têm feito sentir e com a falta de sol. Uma colega explicou-me que para as plantas o sinal que está na altura de florirem era dado pelo  do "tamanho dos dias". Quase que nem me dia apercebido que os dias estão "maiores": a chuva é quase uma constante e os dias têm sido escuros.
É verdade que o sol tarda a aparecer, mas volta e meia consigo "apanhar sol por dentro". Foi o que fiz hoje, acompanhada por muita neblina e alguns orvalhos.
A chuva tem sido tanta que a água da lagoa em alguns sítios extravasou.


A natureza é sempre capaz de me surpreender! Um jarro ( ou caneco, como em alguns sítios é por cá conhecido) mesmo no meio da água fez-me lembrar a frase de um filme "Life always finds a way."




Por alguma razão os Açores são conhecidos por "Ilhas de Bruma".

É um dos lugares mágicos da minha ilha!
Aqui o pensamento pára! Apenas fica o marulhar da água, o ruído da chapa de uma carpa, o soprar do vento entre as árvores, o cantar tímido de alguns pardais, ao longe o assobio de um melro negro. O vento é frio e húmido e cheira intensamente a terra molhada. O verde intenso, que nenhuma máquina consegue captar, enche o olhar. Aqui o tempo pára!

Sabem qual foi o Pedaço de Céu que hoje escolhi?